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Asseverando a importância da família Cabral em Belmonte surge o seu panteão. Este espaço foi concebido para receber as sepulturas de alguns dos mais ilustres membros do clã Cabral. Situada na parte norte, anexa ao corpo central da igreja quase como uma duplicação da igreja primitiva, surge a capela panteão que terá sido edificada por Fernão Alvares e sua mulher, Isabel Gouveia na segunda metade do séc. XV, possivelmente no ano de 1483.
O seu espaço interior é simples, sendo ritmado por uma elevação do piso (onde se pode ler Porto deste Carneiro 1630) ao centro, a arca tumular moderna de granito contendo parte das cinzas de Pedro Alvares Cabral (cinzas retiradas do túmulo que se encontra na Igreja da Graça em Santarém) e quatro arcosólios - dois com feições tardo medievais e outros dois, já de 1630.
No túmulo à direita, junto à porta de ligação com a igreja, encontra-se o túmulo Fernão Cabral e ISabel Gouveia (fundadores deste panteão). Oposto a este arcosólio, surge outro que contém os restos mortais de João de Gouveia, da sua mulher Leonor Gonçalves e do seu filho, Vasco Fernandes Gouveia (pais e irmão de Isabel Gouveia).
Em 1630 este espaço arquitectónico sofre intervenção a mando de Francisco Cabral, sendo atribuído a ele, a renovação do exterior de feições tardo-maneiristas da fachada onde se pode ler na inscrição muito danificada. ESTA CAPELA MANDOV FAZER / FERNÃO CABRAL O P DESTE NOME E S / DA CASA DE BEL NO ANNP DE 148 E FR CABRAL S DA MESMA CASA MANDOU RE/FORCAR NO ANNO DE 1630
Também temos de atribuir a Francisco Cabral a ordem para a execução das duas arcas tumulares tardo maneiristas, onde ainda hoje podemos ver a seguinte inscrição . A ESTE TUMULO FORÃO TRES / LADADOS FERNÃO CABRAL O P E NUNO FR CABRAL O 2º SENHORES DA CASA / DE BELMTO POR FRCO CABRAL / ANO DE 1630
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