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O Paço Ducal de Vila Viçosa é um importante monumento situado no Terreiro do Paço da vila alentejana do distrito de Évora. Foi durante séculos a sede da sereníssima Casa de Bragança, uma importante família nobre fundada no século XV, que se tornou na casa reinante em Portugal, quando em 1 de Dezembro de 1640 o 8º Duque de Bragança foi aclamado Rei de Portugal (D. João IV) e, mais tarde, daria origem à Casa de Bragança-Saxe-Coburgo-Gota.Vila Viçosa tornou-se sede do importante ducado de Bragança quando D. Fernando (1403-1461) sucedeu a seu pai, tornando-se o 2º Duque de Bragança, em 1461. Na verdade, o 2º Duque de Bragança recebera de seu avô, o Condestável do Reino, D. Nuno Álvares Pereira, o título de Conde de Arraiolos, pelo que quando chegou a Duque, não quis trocar as planuras alentejanas pelo Paço Ducal de Guimarães. Assim se estabeleceram os Bragança em Vila Viçosa, no primitivo Paço do Castelo. Porém, o seu filho, também D. Fernando (3º Duque de Bragança), veio a ser executado em 1483, por ordem de D. João II, acusado de traição, tendo a família sido exilada para Castela, de onde só regressaram em 1496, após a morte do Rei. Uma vez reabilitado o Ducado, o 4º Duque, D. Jaime, não quis habitar o Paço do Castelo, por estar ligado à memória do seu pai, mandando construir um palácio novo, no sítio chamado do Reguengo, assim começou a ser erguido o que é hoje o magnífico Palácio Ducal de Vila Viçosa. Nos reinados de D. Luís e D. Carlos, as visitas frequentes ao Paço Ducal foram retomadas, assistindo-se, ao longo do século XIX, a obras de requalificação que visavam oferecer maior conforto à família real durante as excursões venatórias anuais. A implantação da República em 1910 levou ao encerramento do Paço Ducal de Vila Viçosa que, por vontade expressa em testamento de D. Manuel II, reabriu portas nos anos 40 do século XX, após a criação da Fundação da Casa de Bragança.
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